quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Não existe algo como um processo de educação neutro. A educação funciona como um instrumento que é utilizado para facilitar a integração das gerações na lógica do sistema atual e gerar conformidade a ele, ou tornar-se a “prática da liberdade”, o meio pelo qual homens e mulheres lidam crítica e criativamente com a realidade e descobrem como participar da transformação do seu mundo.
(FREIRE, 1972, p.58 B)
É necessário que o professor reflita constantemente sobre a sua prática, trazendo subsídios para que o aluno adulto possa “aprender a aprender.”
A maior dificuldade dos referidos educandos é aprender a ler. Alguns deles, já conseguem ler pequenos trechos, mas com bastante dificuldade; outros ainda não conseguem ler. Diante disso, questionei a professora se eles tinham contato com livros, se freqüentavam a biblioteca da escola, e para minha surpresa ela disse que não, pois a biblioteca ficava fechada durante o horário das aulas da EJA.
Durante as minhas aulas, procurei trazer atrativos, coisas que eles não estavam acostumados, como poesias e poemas, visitas à biblioteca da escola e trabalhos em grupo, entre outros.
Para que o aluno da EJA se sinta motivado e estimulado a freqüentar as aulas é importante que eu encontre uma escola diferente daquela a qual foi “excluído” no passado. Deveria encontrar uma escola mais estimulante, mais moderna, mais humana.
Sabemos que um dos maiores motivos que levam um adulto a voltar às salas de aula é a busca de um melhor emprego ou uma melhor colocação no seu local de trabalho, pois o trabalho ocupa lugar fundamental na constituição do ser humano. Trabalhar é condição imprescindível para que o indivíduo se humanize, sendo que é a partir do trabalho que surge o estímulo e a necessidade de investir em educação. Porém, o retorno a escola não pode ser entendido como algo obrigatório, mas como um resgate da cidadania, de aprendizados que tornam melhor a vida dos educandos.
O sistema escolar atual não acompanha a evolução tecnológica do mundo globalizado em que vivemos. Não podemos comparar a escola com uma fábrica, por exemplo, porque a fábrica utiliza máquinas, robôs que facilitam o trabalho do “homem”, e a escola, ao contrário, não faz uso adequado de ferramentas que facilitariam o processo de aquisição do aprendizado. Por outro lado, a escola assemelha-se ao modelo taylorista-fordista, quando desenvolve um “aluno robô”, que quase não pensa, apenas faz o seu trabalho mecanicamente, sem questionamentos. Para mim, apesar de ser muito complexo é muito mais gratificante e estimulante trabalhar com pessoas, formar cidadãos, do que trabalhar com máquinas. Entretanto, é mais trabalhoso e difícil poder transmitir coisas boas para os alunos, de modo a despertar o interesse e a curiosidade em aprender mais, isso exige um processo contínuo de busca de conhecimentos por parte dos educadores.É bem verdade que encontramos alguns professores que lutam e criam movimentos para transformar essa realidade, mesmo que seja só dentro da sua sala de aula, mas a maioria acomoda-se com a situação e nada faz para mudar
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Alguns conceitos
A noção de “sociedade do conhecimento” (knowledge society) surgiu no final da década de 90. É empregada, particularmente, nos meios acadêmicos como alternativa que alguns preferem à “sociedade da informação”. Segundo o sociólogo Manueel Castells trata-se de uma sociedade na qual as condições de geração de conhecimento e processamento de informação foram substancialmente alteradas por uma revolução tecnológica centrada no processamento de informação, na geração do conhecimento e nas tecnologias da informação.
www.vecam.org/article519.html
Tecnologia de comunicação:
A palavra comunicação vem do latim “comunicare” que significa tornar comum. A tecnologia de comunicação é o conjunto de métodos, técnicas e ferramentas que possibilita a criação de sistemas de comunicação. Os sistemas de informação utilizam tecnologias de comunicação para cumprir suas diferentes funções. Dentre as tecnologias de comunicação empregadas pelos sistemas de informação é possível destacar:
- tecnologia de telecomunicações
- tecnologia de redes de computadores
Tecnologia de informação:
A Tecnologia da Informação (TI) é o conjunto de recursos não humanos empregados na coleta, armazenamento, processamento e distribuição da informação. Ela abrange os métodos, técnicas e ferramentas para o planejamento, desenvolvimento e suporte dos processos de utilização da informação. Na atualidade, o conceito de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), é utilizado para expressar a convergência entre a informática e as telecomunicações.
www.inf.pucrs.br/~gilberto/Ferramentas/Trabalhos%20PPT/Rolando.ppt
Inclusão digital:
Inclusão Digital (ID) é a universalização do acesso aos meios, ferramentas, conteúdos e saberes através das Tecnologias da Informação e Comunicação. Atualmente, grande parte das iniciativas executadas no país buscam promover a ID apoiadas neste conceito, tendo como foco principal a universalização dos serviços e formação para a cidadania
Emancipação digital:
A emancipação corresponde à pesquisa, desenvolvimento e inovação nos modelos de produção, compartilhamento e distribuição de conhecimentos aplicados à solução de problemas Neste modelo, as populações menos favorecidas passam a ter não apenas acesso, mas os meios de conhecimento (software, hardware e conhecimento) para o controle dos processos produtivos de conteúdo digital (os meios de produção de valor na sociedade do conhecimento, do entretenimento e das artes audiovisuais). Neste contexto, os cidadãos conseguem emancipar-se, ou seja, agir individual e coletivamente em função de projetos de desenvolvimento humano.
www.cidade.usp.br/blog/inclusao-e-emancipacao-digital-2/
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Texto 12
Texto 11
Podemos fazer uma relação com a prática docente, pois quantas vezes cometemos o deslize de trabalhar com nossos alunos de forma que ele não interaja apenas nos escute? Quantas vezes os forçamos a dar as respostas que queremos?E o quanto nos incomodamos com o inesperado? Propomos uma forma diferenciada de trabalho, o qual tem o objetivo da interação entre professor/aluno. Mas quanto este último reage aos estímulos, ofertando outra proposta de trabalho, nos desacomodamos, nos retraímos e passamos a apenas emitir, transmitir conhecimento sem dar chance de desenvolvimento deste aluno. Infelizmente isto ocorre em espaços não-escolares também, seja na empresa, no grupo de amigos, na família etc.
Esta sistemática é tão perversa que nos faz acreditar que somos agentes da sociedade, mas na verdade estamos apenas reagindo a estímulos bem articulados que nos levam a pensar em autonomia, o que neste contexto, a partir de uma reflexão crítica, acaba se tornando utopia.
Não tenho a intenção de generalizar ou me referir a todos os docentes ou agentes da educação.
Possuímos hoje produtos que atendem esta falsa interação. Temos inclusive algumas situações cotidianas como: o chefe que diz que o funcionário possui “carta branca” para criar, modificar, fazendo com que este sujeito se sinta parte do processo. Mas no momento crucial de efetivar a prática, essa mesma chefia que lhe deu “o poder”, toma-lhe a autonomia, dizendo que a partir dali ele dá seqüência, ou simplesmente o aliena sem maiores explicações. Algo semelhante ocorre nas atividades que exigem interpretação de texto, onde o aluno coloca seu parecer e o professor simplesmente não concorda, pois não era o que esperava da resposta.
E importante que nos educadores, independente do espaço de aprendizagem que atuamos, façamos a reflexão sobre a nossa pratica a fim de nos questionarmos. Será que estou tendo a interação necessária com meu aprendiz, estou cumprindo com meu papel de condutor para o conhecimento?
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Considerações textos 11 e 12
Segundo Alex Primo (1998) “um sistema interativo deve dar total autonomia ao usuário, enquanto os sistemas reativos trabalham com uma gama pré-determinada de escolhas”.
Atualmente existem muitos softwares que “vendem” a idéia de interatividade, porém essa costuma restringir-se à reação perante as situações, não permitindo que o usuário tenha autonomia para modificá-los e atualizá-los.
Para que um software seja realmente interativo, permitindo a bidirecionalidade, deve ser construído em forma de hipertexto possibilitando a indexação e busca de informações de forma não-linear, ser um sistema aberto e, portanto, integrado, além de possuir interface que facilite a autonomia.
Minha percepção em relação aos softwares disponíveis nas escolas é que os mesmos apresentam uma interatividade “reativa”, geralmente têm uma interface amigável permitindo que a criança escolha as ações e a ordem em que quer realizá-las, porém ficam restritas às opções determinadas pelo programador, havendo pouco espaço para a criação em mundo virtual. Acredito, no entanto, que o formato dos softwares está mudando, permitindo aos usuários cada vez maior interatividade. Cabe aos professores utilizarem essa realidade num processo dinâmico que favoreça a máxima de “aprender a aprender”, fazendo uso, conforme Marilda Aparecida Behrens destaca no texto Tecnologia interativa a serviço da aprendizagem colaborativa num paradigma emergente, da aprendizagem baseada em projetos “na qual cada docente pode analisar, refletir e criar sua própria prática pedagógica.
Essa prática pedagógica, além do incentivo à pesquisa, deve contemplar as abordagens sistêmica, considerando os conteúdos de forma integrada, e progressista, preocupada com a transformação social, com a mudança do cenário de desigualdades que impera na sociedade.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Tecnologia na visão de Paulo Freire
CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
Paulo Freire, mesmo não se considerando contemporâneo, não ficou atado ao passado, mas caminhou com seu tempo. Ele mesmo disse em artigo inédito publicado na revista BITS em 1984: “Faço questão enorme de ser um homem de meu tempo e não um homem exilado dele” (FREIRE, 1984a, p.1).
Freire entendia a tecnologia como uma das “grandes expressões da criatividade humana” (FREIRE, 1968a, p. 98) e como “a expressão natural do processo criador em que os seres humanos se engajam no momento em que forjam o seu primeiro instrumento com que melhor transformam o mundo” (FREIRE, 1968a, p.98).
A tecnologia faz “parte do natural desenvolvimento dos seres humanos” (FREIRE, 1968a, p.98), e é elemento para a afirmação de uma sociedade (FREIRE, 1993a, p.53). No artigo citado, ele ainda afirma: “o avanço da ciência e da tecnologia não é tarefa de demônios, mas sim a expressão da criatividade humana” (FREIRE, 1984a, p.1), reiterando o afirmado no seu livro Ação Cultural para a Liberdade. 2O educador acredita que a tecnologia não surge da superposição do novo sobre o velho, mas o novo nasce do velho (FREIRE, 1969, p.57), desse modo, o novo traz em si elementos do velho; parte-se de uma estrutura inferior para se alcançar uma superior e assim por diante. V Colóquio Internacional Paulo Freire – Recife, 19 a 22-setembro 2005 Um outro elemento importante de sua concepção de tecnologia é a politicidade.
A tecnologia, como prática humana, é política, é permeada pela ideologia. Ela tem um fim bem determinado, serve a um grupo de pessoas e aos mais diversos interesses: a tecnologia não é neutra, é intencional e não se produz nem se usa sem uma visão de mundo, de homem e de sociedade que a fundamente. Freire chega a afirmar que o problema não é tecnológico, mas político, “e se acha visceralmente ligado à concepção mesma que se tenha de produção” (FREIRE, 1968a, p. 99).
A informação explicitada neste blog encontra-se disponível em http://www.paulofreire.org.br/pdf/comunicacoes_orais/O%20PENSAMENTO%20DE%20PAULO%20FREIRE%20SOBRE%20A%20TECNOLOGIA-%20TRA%C3%87ANDO%20NOVAS%20PERSPECTIVAS.pdf
Destaques
Relação do texto Projetos de Aprendizagem no contexto da WEB 2.0: possibilidades para a prática pedagógica.
Destaques:
· Diante do contexto atual, onde se tem acesso as informações em tempo real torna-se necessário repensar o processo de ensino aprendizagem principalmente na escola, pois esta antes detinha todo o conhecimento e hoje existem outros espaços que dão conta de disponibilizar estas informações;
· É urgente a revisão das grades curriculares, pois a escola precisa trabalhar com estas tecnologias a fim de acompanhar a nova demanda da sociedade. Enquanto cidadãos precisamos acompanhar esta demanda;
· Algo que impulsiona o organismo educacional repensar suas práticas, saindo da transmissão de conteúdos, migrando para a construção do conhecimento.
· A educação tradicional preocupa-se com o resultado final, como por exemplo, se a resposta encontrada pelo aluno é a mesma do professor, o qual não avança, não explora outras potencialidades.
· A partir das tecnologias é necessário muito mais que a busca pelo resultado final, é imprescindível o acompanhamento do processo de aprendizagem, de que forma o sujeito estruturou determinado projeto, ou, de que forma chegou ao resultado final, quais outras possibilidades poderia utilizar?
· Trabalhar com TDV’s requer foco no interesse do aluno, suas curiosidades, dúvidas, tanto individuais quanto coletivas, o que vai de encontro à Pedagogia interacionista contrutivista.
· Penso que os caminhos que a educação vem percorrendo a levam a trabalhar a partir do conhecimento do aluno e o uso das tecnologias vem a afirmar isto, comprova que não trata-se de algo souto, existe uma relação, desde o momento em que Freire já falava sobre a autonomia do aluno, até o próprio comportamento agressivo de alguns alunos, nos remete a repensar nossa prática docente. Se ainda estávamos aguardando algum “sinal do além” aqui estão todas as provas para nos convencermos de que esta mudança é urgente e necessária.
· A própria tecnologia passou por evolução sendo que antes era utilizada apenas para divulgação de informações em formato texto, sendo que hoje existem uma gama de outras ferramentas como: Blogs, Comunidades virtuais, comunicadores instantâneos que facilitam nossas vidas, devido a rapidez com que recebemos e enviamos as informações. Faço uma relação com a minha atividade profissional, na qual realizo o processo de educação do trabalhador na empresa. E utilizo muito destas ferramentas que me são válidas, pois consigo resolver determinados assuntos através dos comunicadores instantâneos.
· Recentemente, em um treinamento sobre recrutamento e seleção, obtive o conhecimento em que muitas empresas utilizam as Comunidades Virtuais a fim de pesquisar sobre o histórico dos candidatos. Aí está a tecnologia mais uma vez a favor dos bem e serviços da sociedade.
· Trabalhar com ambientes virtuais de aprendizagem, hoje bastante empregado nos cursos de EAD possibilita aos alunos conquistarem sua autonomia e tomar decisões de forma mais democrática.
· Em minha prática escolar infelizmente visualizei, a partir das observações, que está se fazendo hoje com a informática, o mesmo que vem se fazendo ao longo dos tempos com a Educação Física e Artística nas escolas, têm-se estas como válvulas de escape, reduzindo-as a disciplinas sem muita importância, pelo menos no âmbito escolar, pois o educador (sem generalizar) sempre que tem a oportunidade encaminha os alunos para o laboratório de informática para que ele possa concluir algumas tarefas extras ou então na ausência de um professor encaminham-se os alunos para o laboratório ou para o pátio.Por que estes alunos não podem produzir um texto, interpretá-lo ou desenvolver outras tantas atividades?
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Conceito de tecnologia
Conclusões a partir do estágio com EJA
Segue algumas conclusões a partir do estágio realizado com EJA:
*Elevação da auto-estima desse grupo;
*O aprendizado precisa fazer sentido para o sujeito;
*O educador do EJA como agente de motivação;
*Urgente a desmistificação quanto ao uso das tecnologias;
*Trabalhar a partir das vivências, não somente nas vivências;
*Criar propostas capazes de fazer com que o aluno entenda que estas ferramentas estão à disposição dele para facilitar as atividades cotidianas, seja no trabalho, na escola, no cumprimento das obrigações quanto cidadão e cidadã, em fim, no processo de relação do sujeito e sociedade;
*Para que o uso das tecnologias se efetive para os sujeitos da educação, seja o docente ou discente, é necessário que se faça o uso da interdisciplinaridade, ou seja, que o uso das tecnologias permeie por todas as disciplinas existentes na escola e que esta não seja algo isolado do português, da matemática, por exemplo.
*Reflexão: “O saber tecnológico necessita permear na vida do sujeito como objeto de emancipação do desenvolvimento do ser enquanto integrante da sociedade”.
Texto 10
- A forma inicial como a autora apresenta o texto é bastante rica e criativa, pois de uma forma diferenciada delineia pontos que precisamos repensar na educação.
- Faz também uma relação com mercado de trabalho, no qual percebe-se que algumas coisas já estão mudando, como a habilidade que algumas empresas valorizam como:o profissional não precisa deter todo o conhecimento e sim saber onde encontrá-lo.
- Enfatiza os conteúdos que não fazem sentido para o aluno, pois o saber institucionalizado não acompanha o saber tácido do sujeito e por fim acaba por não constribuir para o profissional. Recordo o eu segundom grau, onde inúmeras vezes questionávamos ao educador: Para que utilizaremos estes conteúdo?Então a resposta: um dia vocês saberão!
- Durante o estágio com jovens e adultos busquei trabalhar a tecnologia procurei criar conscientizá-los que trata-se de um meio de facilitar o dia a dia, através da ilustração das situações como: o uso do caixa eletrônico, celular, urnas eletrônicas, cartôes de crédito;
Considerações sobre o texto “Avaliar na Cibercultura”
As tecnologias digitais permitem que sejam feitas simulações, mudanças, ampliações até se chegar ao resultado mais adequado. A transmissão de informações pelo professor torna-se pouco significativa pois as tecnlogias atendem essa necessidade com extrema rapidez. No entanto, é preciso adquirir as habilidades e competências para buscar e selecionar as informações relevantes.
Nesse contexto, o processo de avaliação precisa mudar de enfoque, passar da quantificação baseada em notas, para a qualificação, percebendo o crescimento do educando, seus progressos e suas dificuldades e desenvolvendo estratégias para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.Segundo a autora, a ênfase na avaliação deve passar dos produtos para os processos utilizados para se chegar ao resultado.
A aprendizagem por projetos vem ao encontro dessa necessidade pois os educandos são envolvidos diretamente, formando grupos de pesquisa de acordo com interesses comuns. Num projeto de aprendizagem não se tem certeza do resultado final antecipadamente, os conhecimentos são construídos coletivamente e interligados de forma interdisciplinar e transdisciplinar.
Nós brasileiros, possuímos ainda uma cultura de “apagar incêndios”, vamos em busca das coisas geralmente quando alguém com autoridade (como o professor) nos exige através de instrumentos específicos como provas, notas, ameaças de reprovação. Trabalhar por projetos de aprendizagem, ao contrário, exige iniciativa, autonomia e disciplina, pois cada membro da equipe precisa organizar seu tempo e ir em busca de soluções para seus problemas, respostas para sua dúvidas.
Em meu trabalho com projetos de aprendizagem estou aos poucos aprendendo a trabalhar em equipe, a buscar em diferentes fontes informações sobre nosso tema de pesquisa e trocá-las com minhas colegas na tentativa de ampliar os conceitos que possuímos. A própria divulgação de nossas pesquisas em um blog sintetiza uma mudança no cenário educacional, antes o que aprendíamos ficava arquivado, armazenado em nossas mentes; agora, nossas aprendizagens e nossas incertezas têm a possibilidade de alcançar muito mais pessoas, permitindo trocas de idéias e experiências num sistema aberto e cooperativo.
Referência: RAMAL, Andrea Cecilia. “Avaliar na cibercultura” . Porto Alegre:
Revista Pátio, Ed. Artmed, fevereiro 2000.