sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Reflexão sobre o PA

Meu sentimento quanto a este PA é algo interessante, pois no início não tinha muitas expectativas.
Durante o semestre tivemos o desafio de trabalhar com Second Life, criação e interação através de um Blog e sem falar no trabalho de pesquisa que realizamos com o auxílio das leituras realizas e discussões virtuais.
A época em que vivemos exige agilidade nas ações, nas informações e através deste PA pude ampliar meu modo de pensar sobre o uso das tecnologias, principalmente das que nunca havia utilizado. Hoje percebo de uma forma menos preconceituosa que estas tecnologias estão a nossa disposição para nos auxiliar, não para nos atrapalhar.
Através das aulas à distância pude ter contato maior com estas diferentes tecnologias e até me acostumar “mal” a estudar a partir de casa.
Este PA foi bastante agregador , pois como educadora, preciso eliminar todos os fantasmas, preconceitos. Tenho a consciência de que este meu receio era maior por tratar-se de algo desconhecido, o que é natural sentir este estranhamento.
Hoje consigo fazer relação com o cotidiano e perceber que a tecnologia não trata-se apenas do computador, mas também das ferramentas que de certa forma contribuem para o desenvolvimento de nossa atividades laborais ou pessoas facilitando a sua execução.
Como exemplo, o trabalho dos Engenheiros de trânsito ao programar as sinaleiras, o simples uso da calculadora, registro do ponto eletrônico, nos caixas do supermercado, a leitura do código de barras e sem falar na possibilidade de conhecer vários lugares e pessoas a partir da WEB, sem sair de casa, percebo também que o acesso vem crescendo por parte dos PPD’s(Pessoas Portadores de Deficiência) , pois permite-lhes interagir com os demais e isto é muito positivo.
Agradeço imensamente a profe. Eliane, à Daiane e à Sandra pelo processo de aprendizado desenvolvido em conjunto.
Um grande abraço e Boas Festas!!!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Conclusão

A educação de jovens e adultos é marcada por contextos de baixa auto-estima dos educandos.
Aos educadores, cabe o papel de reverter este quadro e tornar a aprendizagem mais significativa, demonstrando a real importancia e aplicabilidade dos conteúdos no cotidiano dos alunos.
Utilizar novas tecnologias e ferramentas são subsídios para facilitar o processo de aprendizagem dos educandos adultos. Entretanto, é necessário que o professor saiba utilizar adequadamente essas ferramentas facilitadoras do conhecimento.
O aluno da Eja geralmente não está habituado a esses métodos, pois ele conhece a escola tradicional. É muito importante que o educando encontre uma escola diferente, moderna, uma escola verdadeiramente inclusiva, que faça despertar o seu desejo em aprender.
O exercício da docência com adultos implica um olhar diferenciado do educador. Dessa forma, é imprescindível trabalhar com a realidade de vida destes alunos, possibilitando a troca de experiências entre eles, e valorizando os saberes que cada um deles já possui.
A escola precisa ser potencializadora do desenvolvimento de conhecimentos e habilidades necessárias diante das novas demandas do mundo globalizado. As instituições e os docentes que trabalham com a EJA devem inserí-los no mundo contemporâneo, utilizando mecanismos que sirvam de apoio para a compreensão dos conteúdos.
Cada vez mais, torna-se necessário que o professor busque mais conhecimentos e que esteja em constante atualização, aberto a mudanças e inovações.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Percepções sobre o PA

Este foi meu segundo semestre no curso de Pedagogia da Unisinos. Ao fazer a matrícula, tive certo receio em escolher uma disciplina à distância, primeiramente por ter disponível uma tecnologia não muito propícia (minha internet é discada) e também por ser do senso comum que o estudo a distância geralmente exige maior disciplina e empenho que o presencial.
As primeiras aulas me deixaram um pouco apreensiva, as orientações eram dadas rapidamente e foi um pouco complicado acompanhá-las. Conhecer o Moodle, criar um avatar no Second Life, aprender a interagir num chat e participar de fóruns foram novidades para mim e grandes aprendizagens.
Dificuldades realmente não faltaram: problemas de conexão à internet, mensagens que não apareciam no chat, pesquisas perdidas por se confiar em apenas uma tecnologia, trabalhar em grupo. Enfim, foram muitas, mas todas serviram para buscar alternativas de superação que fossem pró-ativas e que evitassem problemas posteriores.
Criar e ser administradora de um blog e trocar experiências com minhas colegas de grupo foi uma experiência fascinante. Tivemos que ser autônomas na busca de elementos, idéias e teorias que confirmassem nossas certezas provisórias e respondessem nossas dúvidas, nossa problemática inicial.
O PA Ensino e Aprendizagem no Mundo Digital vem ao encontro do novo tipo de sujeito necessário para atuar na sociedade atual, um sujeito flexível, autônomo, que saiba trabalhar em grupo e que busque soluções para seus problemas utilizando as tecnologias de informação e comunicação. Nessa disciplina não recebemos nada pronto, tivemos que ler, relacionar conceitos teóricos com práticas pedagógicas, trocar idéias, aprender em conjunto.
Com certeza levarei essas experiências para minha vida pessoal e profissional. Como professora, procurarei trabalhar mais por projetos de aprendizagem utilizando as tecnologias digitais, reduzindo o ensino unilateral e promovendo a aprendizagem recíproca, a busca, a troca e a construção de conhecimentos.
Colegas do grupo e todos os demais que acompanharam nosso blog, agradeço os comentários, as sugestões e o apoio recebido. Felicidades a todos!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Texto pessoal sobre a experiência do PA

Sou formanda do Curso de Letras e ao me matricular neste PA, tinha um objetivo maior: relacionar o conhecimento adquirido ao tema que estava desenvolvendo no meu Trabalho de Conclusão de Curso, no qual questionava a influência da Linguagem da Internet em sala de aula. Mas minhas expectativas foram superadas: utilizar o Second Life, criar um blog, e interagir através destas ferramentas, foi algo novo e realmente foram experiências para a vida toda. Não esquecerei da aula presencial em que a professora sofrera uma queda no dia anterior e não pôde comparecer à aula. Naquele dia, interagimos com a professora através do Second Life. A presença virtual foi de extrema importância, já que dúvidas foram tiradas, orientações dadas, além de nos divertimos com esta situação. Quando contava para os colegas do trabalho, no dia seguinte, eles ficavam fascinados: “Como o professor na casa dele deu aula para vocês em sala de aula?” Foi o questionamento mais ouvido por mim e eu calmamente respondia: “Através do Seconf Life, vocês não conhecem?”. Ficava orgulhosa, já que muitos não conheciam e eu era pioneira na empresa a interagir neste programa.
Hoje, o tempo é a maior vilã da nossa sociedade, o cidadão precisa trabalhar muito, ficar com a família, estar presente em compromissos sociais e aliado a tudo isto, estudar. Mas como fazer tudo isso se o tempo é curto? Educação à distância é uma solução e é a possibilidade de estudar sem sair de casa. A educação do futuro será neste formato: os estudantes, on-line, buscando informações e adquirindo conhecimento e o professor será um orientador neste processo, sem mais se fazer necessário o presencial físico.
E eu, como futura educadora, quero e preciso estar preparada para uma educação digital, pois é de direito dos meus alunos adquirirem ou aperfeiçoarem o conhecimento na informática e é o meu dever estar apta para esta realidade.

Nádia Isabela Dieter

sábado, 13 de dezembro de 2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Dúvidas, certezas????

Certezas

Com a explosão das Lan Houses o acesso à tecnologia das classes menos favorecidas aumentou, visto também o barateamento e acessibilidade do serviço de internet em relação há dez anos atrás, onde somente instituições a possuíam. Mas de acordo com as práticas realizadas em escolas municipais de Esteio e Sapucaia do Sul, na EJA, este acesso ainda é precário.
A dificuldade de acesso ao uso das tecnologias está ainda muito ligada à questão econômica, e em conversas com a Daiane e a partir do estágio realizado, percebo que também há a questão cultural, pois este precisa ser objeto de “utilidade” para EJA.
Jovens e adultos da EJA encontram-se num processo de “inclusão”, onde precisam retomar alguns anos de suas vidas, os quais deixaram para trás, principalmente no campo da educação e profissionalização. Por mais que se critique a escola institucionalizada com sua metodologia tradicional, este jovens e adultos a consideram como espaço de libertação, local onde são capazes de esquecer o mundo lá fora e se dedicar a si.
Por outro lado, temos o conhecimento de que muitos projetos estão sendo realizados neste sentido, voluntários que criam ambientes virtuais. Tomamos por exemplo a série Central da Periferia do programa Fantástico, edição do dia 23/11/08(Domingo), onde um determinado cidadão busca alternativas de incluir o uso da internet na comunidade onde reside. Sendo que atualmente solicitam pizza por meio eletrônico, organizam planilhas para despesas do mês, muitos realizam reuniões, participam de fóruns. Trata-se de novas possibilidades e neste caso trata-se muito mais de cultura tecnológica do que questão econômica.
Na EJA a dificuldade em interagir e compreender o uso das tecnologias está muito ligado à cultura do sujeito e não à questão econômica, pois existem pessoas com poder aquisitivo considerado elevado que não interagem com estas novas possibilidades. No entanto, para as pessoas pobres esta restrição vem acompanhada da falta de recursos, na maioria das vezes, e pela contribuição para sua exclusão do mercado de trabalho antes mesmo de iniciar nele. O que está atrelado à auto-estima do ser enquanto cidadão. Este conflito é notório no estudo do comportamento dos corpos da Educação de jovens e adultos, onde frequentemente expressam o sentimento de incapacidade, impotência através de queixas, expressões corporais e faciais.


Dúvidas

Muitas ainda são as dúvidas...
A EJA precisa ainda criar mecanismos para “emancipar” o uso das tecnologias. No momento está num período primitivo onde começa dar seus primeiros passos. Uma série de fatores contribuem para esta realidade como: o lugar que a EJA ocupa diante da sociedade como “fabricante” de analfabetos funcionais, o despreparo de profissionais para trabalhar com esta modalidade, o descaso das autoridades quanto a evasão deste grupo.
Para que possamos vencer o empasse tecnológico, antes mesmo, temos de resolver as questões mais básicas, como fazer com que este grupo compreenda o que lê e se posicione quanto a esta leitura. Outra alternativa é utilizar a interdisciplinaridade e deixar de utilizar o laboratório de informática apenas em momento específicos ou ainda como uma válvula de escape assim como tem-se feito com a Educação Física e Artes nas escolas.